02/03/2022 às 13h22min - Atualizada em 02/03/2022 às 13h22min

Associação cobra punição rígida e critica soltura de condutor que matou atleta: 'Equívoco'

TNH1

A Associação Estadual de Triatletas de Alagoas (Aetri/AL) criticou a soltura do motorista que provocou o atropelamento que resultou na morte do atleta Anderson de Melo Andrade, de 35 anos, em Maceió. O homem pagou a fiança no valor de dois salários mínimos e deve responder ao inquérito, ao menos neste primeiro momento, em liberdade.

Em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara/Record TV, nesta terça-feira, 1º, o presidente da entidade, Welton Roberto, informou que três fatores, sendo a suspeita de embriaguez, a ausência da carteira de habilitação e direção em alta velocidade, levam ao entendimento de uma punição mais rígida ao condutor. 

 

"Perdemos mais um atleta, na época de Carnaval, onde infelizmente tem sido corriqueiro esse tipo de fato. Já entramos em contato com o diretor-presidente do Detran, agendamos uma reunião para esta quinta-feira, e estamos em contato com o pessoal do BPTran. Vamos entrar em contato com a delegacia de investigações de acidente de trânsito porque, no nosso entender, não há a mínima possibilidade de ser considerado homicídio culposo, e sim, um assassinato", disse.

"Temos a informação de que o cidadão era inabilitado, sequer poderia dirigir um veículo automotor, estava em altíssima velocidade, os vídeos mostram, e ainda o fato de estar embriagado. Os três fatores juntos nos dão a entender que seria impossível de você arbitrar uma fiança para que ele pudesse sair solto. Ele matou uma pessoa, um pai de família, um atleta que estava somente treinando aquele dia. Isso nos causa indignação. Não é possível que vamos continuar assistindo atônitos e parados que todos os atletas e triatletas de Alagoas vão continuar sendo vítimas de pessoas assassinas que pegam o carro e transformam em uma arma. Vamos exigir que o caso não fique impune", continuou em entrevista.

 

Welton Roberto destacou que a Aetri vai pedir à Justiça que o motorista volte a ser preso durante as investigações do caso. "Nós vamos pedir [a prisão do motorista]. Entramos em contato com a família [da vítima] para autorizar que a associação siga como assistente de acusação para que tenhamos legitimidade nas investigações e mostrar que não foi um simples acidente". 

"Foi uma interpretação equivocada. Interpretaram como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Como é que pega o cidadão inabilitado, em altíssima velocidade e com sinais de embriaguez, a primeira coisa que se faz é arbitrar uma fiança e indiciar por homicídio culposo? Na minha visão, com todo respeito ao delegado que atendeu a ocorrência", completou o presidente da associação.

Vídeo mostra atropelamento - Um vídeo enviado por internautas à redação da TV Pajuçara/Record TV mostra em detalhes o momento em que o atleta Anderson de Melo Andrade, de 35 anos, foi atropelado, na manhã do último sábado (26). O atleta atravessava a pista durante um treino de corrida, quando foi atingido por um carro desgovernado na BR-104, nas proximidades do Sistema Prisional, no bairro Cidade Universitária, em Maceió. 

Com o impacto do veículo, um Peugeot de cor branca e placas de Maceió, ele foi arremessado a uma distância de 30 metros e ficou gravemente ferido. Anderson Andrade morreu ontem (27) no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, para onde foi socorrido após o atropelamento. Ele chegou a passar por procedimento cirúrgico, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. O atleta trabalhava como contador em uma rede de supermercados e deixa esposa, quatro filhos e um neto. 


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