09/05/2022 às 08h10min - Atualizada em 09/05/2022 às 08h10min

“Vivendo de Bico”: diminui número de alagoanos que desistiram de procurar por uma vaga de emprego no mercado

- Gilca Cinara
Centro de Maceió / Foto: Assessoria

“Vivendo de bico”. Com certeza alguém já deve ter ouvido essa frase de uma pessoa que não conseguiu uma vaga de emprego e desistiu de procurar durante um bom tempo. Esse grupo formado por pessoas, que são desempregados e que não estão mais procurando um posto de trabalho, tem diminuído em Alagoas, conforme dados do IBGE. 

Conhecido como desalentados, o Estado teve um reflexo muito alto de número de pessoas que desistiram de procurar desde o início da pandemia, mas esse número vem diminuindo.  Uma delas é a Rayssa Ingrid, que passou mais de 1 ano e meio procurando uma vaga de emprego, mas sem conseguir se firmar em algumas empresas, acabou desistindo. 

“Eu passei a viver como podia, fazendo um bico aqui ou ali e aguardando alguma resposta. Chegou um tempo que parei até de colocar currículo, pois já não tinha mais dinheiro para sair procurando uma vaga de emprego. Fiquei, literalmente, vivendo de bico. Pegava tudo que aparecia”, contou a alagoana. 

De acordo com dados, no começo da pandemia eram 220 mil alagoanos nesta situação, deu um salto de no período mais intenso da crise e alcançou 314 mil trabalhadores no segundo semestre. Desde então vem caindo e na última pesquisa do IBGE seu número baixou para 229 mil.

O economista Cícero Péricles acrescenta ainda que o fenômeno do desemprego tem aspectos que chamam a atenção. “Existe o desemprego direto, dos que perderam o posto ou que não conseguiram o primeiro emprego. Nos anos da pandemia, com o fechamento dos setores de comércio e serviços, esse conjunto cresceu muito no segundo semestre de 2020 e alcançou seu número mais alto no começo do ano passado, com 254 mil alagoanos buscando uma vaga de trabalho; uma das taxas mais alta do Brasil, 20% da força de trabalho”, detalhou ele. 

E temos o fenômeno dos trabalhadores parciais, uma situação reforçada pela reforma trabalhista. Com renda insuficiente, eles cresceram muito e regularmente. 

Quando a pandemia apareceu em Alagoas eles eram 88 mil e, desde então, não pararam de crescer e hoje alcançam 150 mil. Esses três conjuntos formam um grande bloco de pessoas que pressionam o mercado de trabalho, baixando o valor da força de trabalho.


Fonte: Cada Minuto 


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