Diante da situação de calamidade em várias regiões da capital e do interior, as festas juninas, anunciadas com alarde pelos gestores, começam a ser questionadas, tanto pelo clima dramático - em Coruripe um homem morreu em um deslizamento de terra - como pelos recursos gastos com cachês de artistas, Com isso, o Ministério Público Estadual (MPE) expediu recomendação de cancelamento dos festejos juninos pela Prefeitura de Maceió.
No documento, as promotoras Fernanda Maria Moreira, Alexandra Beurlen e Jheise de Fátima Lima da Gama, usam como argumento o próprio decreto de situação de emergência na capital alagoana, emitido pelo Prefeito João Henrique Caldas. na última quinta-feira, 26, "devido às fortes chuvas que atingem a capital alagoana e vem causando inúmeros prejuízos à infraestrutura da cidade, deslizamentos, desalojamento de famílias e danos estruturais a bens públicos e privados. O decreto nº 9.213 está publicado em edição extraordinária do Diário Oficial do Município (DOM)".
Em todo o estado de Alagoas, o número de pessoas afetadas pelas chuvas já passa de 10 mil,
População pede suspensão - O pedido do Ministério Público Estadual encontra ressonância com a população, que nas redes sociais já alertam para a necessidade da suspensão das festas juninas não apenas na capital, mas como em toda a Alagoas. Os apelos podem ser conferidos no perfil do próprio prefeito JHC no Instagram.
Criticado por parcela da população e artistas locais, o "Maior São João do Litoral do Brasil" tratá para Maceió 24 artistas de renome nacional, com cachês que devem passar de um total de R$ 6 milhões, entre eles Gusttavo Lima e Wesley Safadão. O Governador "tampão", Paulo Dantas, não deixou por menos, e também lançou um programação milionária.
Nem o prefeito nem o governador se pronunciaram sobre o assunto, até o fechamento desta reportagem.
