12/06/2022 às 13h33min - Atualizada em 12/06/2022 às 13h33min

Vídeo: Em Maceió, jovem é vítima de homofobia de motorista por aplicativo “8 minutos de terror”

Na última quarta-feira (8), um jovem foi vítima de um ato discriminatório e totalmente desequilibrado de um motorista por aplicativo em Maceió. Anderson José Xavier Vieira solicitou um motorista através de aplicativo para ir ao seu trabalho, foi aí que começaram oito minutos de terror. Veja vídeo no final da matéria.

Em entrevista exclusiva, falamos com Anderson sobre o ocorrido, ele ressalta a importância de casos como esses não serem tratados como normais, especialmente no mês de junho, marcado pelo orgulho LGBTQIAP+.

“Antes de qualquer coisa, queria lembrar que estamos no mês do orgulho LGBTQIAP+, um mês onde comemoramos muitas das nossas vitórias, mas ainda temos muito a conquistar. Sangramos diariamente e somos assassinados a cada 29h no Brasil. Esse é um mês de celebração e de muita luta. Sou um homem seguro e tranquilo quanto a minha sexualidade, ela definitivamente é uma das partes mais bonitas que me compõe. Esse caso poderia se tornar mais um, dentro dos números das estatísticas alarmantes que muitos LGBTQIAP+ vivem”, destacou Anderson.

Com tanto preconceito e violência, as pessoas têm medo de buscar ajuda quando passam por situações como essa, mas ele não se intimidou e buscou, imediatamente, auxílio policial para tomar as devidas providências, resguardadas por lei, como cidadão brasileiro.

“Solicitei assim que desci do carro uma guarnição da policia militar e prontamente fui atendido. A viatura demorou no máximo 25min para chegar ao local. Fui atendido pelo Cabo Joel e sua equipe. Muito tranquilos e calmos, fizeram não só a segurança do meu trabalho, como também me explicou os passos que poderiam ser dados naquele momento. Decidi, registrar um boletim de ocorrência imediatamente e segui a delegacia de flagrantes. Após o B.O segui novamente ao trabalho e fui direcionado a retornar ao 2ºDP para dar continuidade ao caso” acrescentou.

Além do boletim de ocorrência, o jovem foi até a sede da Secretaria da Mulher e dos Direitos Humanos do Estado de Alagoas (Semudh), onde protocolou uma denúncia para que o Ministério Público acompanhe as investigações.

Foi a primeira vez que Anderson sentiu na pele o ódio gratuito da homofobia.

“Luto para que eu e os meus sejam respeitados. Achei que a homofobia nunca chegaria até a mim, principalmente da maneira que chegou. Sigo resiliente, tranquilo e certo que a justiça será feita e que esse senhor, possa aprender através da justiça o princípio básico de se conviver numa sociedade que é o respeito”, enfatizou.

Apesar do sentimento de insegurança, do medo que fica, é importante manter a cabeça erguida e lutar incansavelmente por cada direito nosso.

“Agora fica o sentimento de insegurança, medo e vulnerabilidade. Mais também a força e a coragem que eu recebi nas redes sociais após relatar o crime que aconteceu comigo. O apoio e a movimentação para que esse caso, não se tornasse uma simples confusão, pois não é e nunca será. Aos que já passaram por isso, eu quero ser apoio e força. O movimento é fazer com que mais pessoas sejam mudadas e que os homofóbicos, engulam de uma vez por todas o seu ódio gratuito e infundado. Eu sou do bem e do amor, nada maior e mais forte que o AMOR”, concluiu Anderson.


Por - A Hora Alagoas 

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