02/02/2023 às 16h16min - Atualizada em 02/02/2023 às 16h16min

Câncer de pulmão com metástase: entenda o tumor que matou Glória Maria

Metrópoles
Gloria Maria (Foto: Reprodução/Instagram)

Uma das maiores jornalistas brasileiras, Glória Maria morreu nesta quinta-feira (2/2), em decorrência de um quadro de câncer de pulmão que resultou em uma metástase no cérebro. O diagnóstico da doença veio em 2019, e ela foi tratada com imunoterapia, método que estimula o próprio sistema imunológico a combater as células cancerígenas.

No entanto, no mesmo ano, Glória descobriu que o câncer teve metástase no cérebro. Ela realizou uma neurocirurgia para retirar o tumor — o procedimento foi bem sucedido, e a jornalista fez um ciclo de tratamento com imunoterapia e radioterapia para evitar que o câncer retornasse.

 

Porém, em meados do ano passado, foram detectadas novas metástases no cérebro de Glória, que retomou o tratamento. Porém, seu organismo não respondeu positivamente à terapia como antes.

Metástase do câncer de pulmão

A neurologista Jane Lúcia Machado explica que nosso cérebro é constituído de vários tipos de células, como neurônios, células epiteliais, meníngeos e unidades glandulares, como as células da hipófise, por exemplo. De acordo com a médica, o câncer no cérebro depende de qual tipo celular sofreu diferenciação e se tornou um tumor.
 

“Porém, existem cânceres de outros órgãos, à exemplo dos pulmonares, em que as células migram de seus lugares de origem através da corrente sanguínea e se instalam no cérebro. Ali, elas se multiplicam, formando um tumor chamado metástase ou secundário”, afirma Jane Lúcia.

Muitas vezes, o tumor tanto primário quanto secundário é silencioso, e o diagnóstico só é realizado quando o câncer já está muito desenvolvido e o paciente, em situação extrema.

O neurocirurgião e mestre em neurociências pela Unicamp Henrique Lira explica que as metástases cerebrais na maioria dos casos são malignas e precisam de tratamento cirúrgico associado à quimioterapia e radioterapia.

De acordo com o médico, na menor das suspeitas de um tumor cerebral, é preciso fazer exames para garantir um diagnóstico precoce. Os sinais neurológicos do câncer normalmente são atípicos e têm evolução progressiva.

“Alguns desses sinais são uma dor de cabeça que o paciente nunca teve, síndromes epiléticas, uma crise convulsiva, alguma alteração neurológica motora (como uma fraqueza para mexer algum membro do corpo), alteração do nível de consciência e das habilidades cognitivas”, explica Lira.


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