09/07/2021 às 09h41min - Atualizada em 09/07/2021 às 10h56min
Brasil tem redução de mortes por Covid pela primeira vez no ano, diz Fiocruz
Boletim também verificou tendência de queda nas taxas de ocupação de leitos de UTI no SUS pela quarta semana consecutiva
R7
Brasil tem redução de mortes por Covid pela primeira vez no ano, diz Fiocruz. (Fernando Frazão/Agência Brasil) Rio de Janeiro – Pela primeira vez em 2021, não houve aumento das taxas de incidência ou de mortalidade por Covid-19 em nenhum Estado brasileiro. A informação é do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, publicada na quinta-feira (8), que reafirma tendência de queda nas taxas de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no SUS (Sistema Único de Saúde) pela quarta semana consecutiva. A análise compreende o período de 20 de junho a 3 de julho.
“Ainda não se pode afirmar que essa tendência é sustentada, isto é, que vai ser mantida ao longo das próximas semanas, ou se estamos vivendo um período de flutuações em torno de um patamar alto de transmissão, que se estabeleceu a partir de março em todo o País”, alertam os pesquisadores.
De acordo com o boletim, mesmo com redução expressiva no número de casos, as taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ainda é alta em vários Estados. Em sua maioria, esses números indicam casos graves de covid-19.
Os pesquisadores também afirmam que os padrões observados nos últimos meses mostram uma redução da taxa de mortalidade, parâmetro não acompanhado pela taxa de incidência. Esse cenário pode ser resultado do avanço da campanha de vacinação, que atingiu os grupos mais vulneráveis em um primeiro momento.
De acordo com os pesquisadores da Fiocruz, estes avanços vão configurando novos cenários. No momento atual, o curso da pandemia segue com mudança gradativa do perfil etário de casos internados e óbitos.
“O rejuvenescimento, com expressiva concentração entre a população adulta jovem, traz novos desafios com relação às formas de enfrentamento da pandemia, como os relacionados a garantia da cobertura vacinal no maior estrato populacional do Brasil (30 a 59 anos), e reconhecer situações específicas de vulnerabilidade, requerendo abordagens mais adequadas às novas faixas etárias, e um aprofundamento das discussões sobre a repercussão da pandemia nestes estratos populacionais”, destacou a Fiocruz.