Pelo menos 33 prefeituras de municípios ribeirinhos do Submédio e Baixo São Francisco foram contatadas e alertadas pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) sobre as alterações de vazão e das condições de cheia no Velho Chico. Gestores municipais e defesas civis devem ficar em alerta devido ao aumento do nível do rio, que vem ocorrendo desde o dia 12 de janeiro de 2022.
De acordo com informações da assessoria da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), a Chesf está procedendo operação de controle de cheia no Rio São Francisco a partir do maior reservatório do Nordeste, Sobradinho (BA), e divulgou, com antecedência, o aumento da vazão, com abertura de comportas (vertimento), para que as autoridades municipais pudessem se organizar, dentro da agilidade necessária para a situação.
As águas estão sendo liberadas para aguardar o grande volume de chuvas que estão caindo no Alto São Francisco este mês, e tendo em vista que o período úmido se estende até abril.
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico, o ONS, declarou regime de cheia na Bacia do Rio São Francisco e, dessa forma, temos que atuar com regras específicas, aguardando chegar mais água, pois ainda há chuvas acontecendo em Minas Gerais. A previsão é Sobradinho, nosso maior reservatório, alcançar 75% de armazenamento no fim de janeiro”, informou o diretor de Operação da Chesf, João Henrique Franklin.
Além de ter contatado prefeituras e defesas civis municipais, a Chesf vem dando ampla divulgação sobre as vazões programadas, informando que, desde o dia 12, vem aumentando a liberação de água dos reservatórios em 500 metros cúbicos por segundo (m³/s) a cada dois dias. No dia 24, as usinas hidrelétricas de Sobradinho (BA) e Xingó (AL) estarão liberando 4.000 m³/s.
Por não haver vazão nesse patamar há 12 anos, a Chesf divulgou para autoridades e imprensa e publicou no seu site informações sobre as localidades onde há pontos sensíveis a vazões a partir de 2.500 m³/s, para que a sociedade e os órgãos públicos competentes façam o acompanhamento e tomem medidas para garantir a segurança.
Confira as cidades ribeirinhas já contatadas pela Chesf: