Após sete dias na defensiva contra os ataques da Rússia, a Ucrânia disse que lançou pela primeira vez uma contraofensiva para tentar tirar forças militares russas do seu território.
Segundo comunicado divulgado hoje pelo governo ucraniano, a resposta se deu nos arredores em Horlivka. A cidade fica na região de Donetsk, um dos locais ocupados por separatistas pró-Rússia que foi reconhecido pelo presidente russo, Vladimir Putin, como território independente.
O anúncio da investida da Ucrânia ocorre após as forças militares russas efetuarem mais ataques a várias cidades ucranianas durante a madrugada e a manhã de hoje.
Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, um foguete da Rússia destruiu parte do prédio de uma estação de polícia. A estrutura superior do edifício ficou em chamas e bombeiros foram ao local para controlar o incêndio.
Quatro pessoas foram mortas. Também houve registro de ataques a Kherson, cidade localizada no sul da Ucrânia e próxima à península da Crimeia. As forças comandadas pelo presidente russo, Vladimir Putin, dizem que tomaram o município. O governo local, no entanto, nega e diz que Kherson foi cercada, mas não tomada.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse hoje, em entrevista à emissora CNN, que a invasão russa à Ucrânia não representa apenas uma guerra para o país, mas "um desafio para todo o mundo moderno, para todo o mundo democrático".
Ele afirmou que "está muito orgulhoso de ser ucraniano". "Ficamos na frente de um dos exércitos mais fortes do mundo", disse o ex-campeão mundial de boxe no peso pesado. A capital vive momentos de tensão com a aproximação de um comboio russo de mais de 60 quilômetros, segundo informações de satélite.
Rússia quer 'apagar' a Ucrânia, diz presidente O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de querer "apagar" seu país e sua história. "Eles têm a ordem de apagar nossa história, apagar nosso país, apagar todos nós", afirmou em um vídeo divulgado nas redes sociais.
No pronunciamento, Zelensky pediu que os países não permaneçam neutros no conflito e também fez um apelo aos judeus do mundo para que "não permaneçam em silêncio", após o ataque russo de ontem a torre de televisão de Kiev, construída no local de um massacre do Holocausto.