O promotor de Marechal Deodoro Hamilton Carneiro determinou uma série de diligências após receber a denúncia do vereador daquela cidade Jorge Mello (PROS) de que há servidores considerados ‘fantasmas’ na estrutura do município.
De acordo com MPE, o Procedimento Investigativo Criminal (PIC), de número 06.00000299-1, foi recebido pela promotoria local e, em seguida, foram determinadas diligências, quando o promotor solicita, por exemplo, documentos, coleta de dados e até depoimentos para validar a veracidade da denúncia recebida no setor de protocolo.
Apesar das diligências, o órgão informou que não pode repassar mais informações porque o procedimento aberto corre sob sigilo. Segundo Jorge Mello, as informações que chegaram até ele apontam no sentido de que prefeitura é utilizada, supostamente, como cabide de emprego para acomodar aliados políticos. Ainda de acordo com o parlamentar, houve um expressivo crescimento nas nomeações e acomodações no último período eleitoral.
“O MPE terá um importante papel para trazer a luz o real quadro de servidores. Temos informações que apontam para um inchaço de pessoal dentro de um ambiente de acomodação política. Há pastas e órgãos com pessoas que não trabalham. É apenas questão de lotação de pessoal por acordos e etc. Confiante no MPE, tenho certeza que tudo será escancarado. O promotor Hamilton tem sido rígido no combate aos malfeitos”, expressou o vereador.
Outro procedimento levado ao MPE pelo vereador diz respeito ao suposto desrespeito aos termos fixados no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para realização do concurso público em Marechal Deodoro. Segundo Jorge Mello, o TAC fixou a oferta de quase mil vagas, mas o certame aberto tem apenas 326 vagas. O TAC foi firmado em 2017 entre o órgão e o Poder Executivo Municipal.
A Reportagem acionou a prefeitura para se manifestar sobre o assunto, mas até a publicação dessa matéria não houve resposta.