05/01/2023 às 08h34min - Atualizada em 05/01/2023 às 08h34min

Sindicombustíveis diz que postos são livres para definir preços de venda; maceioenses relatam aumento no valor da gasolina

Postos de combustíveis / Foto: Divulgação/Ilustração/Arquivo

Apesar da prorrogação da desoneração dos combustíveis, assinada pelo presidente Lula, alguns postos de Maceió já registram aumento no preço da gasolina. Em alguns estabelecimentos no bairro da Cruz das Almas, o valor chega a R$ 4,99.

O Sindicombustíveis de Alagoas, em concordância com a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes, informou que os postos são livres para definirem seus preços de venda, com base no custo dos produtos adquiridos junto às suas distribuidoras.

Em nota, a organização esclareceu que a desoneração de impostos prevista na Medida Provisória 1.157, publicada na Edição Extra do Diário Oficial da União em 02/01/2023, refere-se somente aos tributos federais (Pis/Cofins e Cide).

“Vários fatores influenciam a formação do custo desses produtos nas distribuidoras, por exemplo, a mistura de biocombustíveis (etanol anidro e biodiesel), a parcela de produtos importados (gasolina e diesel) e, ainda, o fato de que algumas regiões são atendidas por refinarias privatizadas (Acelen no Nordeste e Ream no Norte), cujos preços são diferentes dos praticados nas refinarias Petrobras”, continua.

Ainda segundo a Fecombustíveis, outro fato que influencia os preços dos combustíveis são as variações dos impostos, como o ICMS (Estadual) que é revisto e atualizado por cada unidade federativa.

A Federação também ressalta “que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor decidirem seus preços, de acordo com suas estruturas de custo”.

Fatores de influência

O economista Jarpa Aramis explica que o elemento fundamental na definição dos preços dos combustíveis é o estoque: “Alguns postos ainda têm estoque com preços anteriores, então esse produto vem com o preço que estava definido anteriormente, talvez seja esse um dos motivos”.

Além disso, o cenário político nacional e internacional também afeta o preço do barril do petróleo. Com o novo presidente, o profissional aponta que a expectativa é que haja mudança no preço dos combustíveis, de uma forma “que seja mais favorável para população”. Porém, Jarpa ressalta que é necessário aguardar as ações que o novo governo vai implementar. 

“Um ponto importante que deve ser destacado é que, nesse cenário internacional, como somos muito integrados globalmente, somos muito dependentes de ações externas. Nossa economia, apesar de ser grande, é pautada pelo que acontece lá fora, e termina impactando a gente aqui”, comentou. 

O economista cita a indefinição quanto à política internacional, como a Guerra da Ucrânia e outras mudanças de políticas internacionais: “A gente ainda tem ‘muito chão’ pela frente desse cenário de instabilidade internacional que diretamente acaba afetando, sim, os preços”.


Fonte: Cada Minuto 


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