Disponibilizado aos 102 municípios alagoanos desde o mês passado, com o intuito de reforçar o tratamento de pacientes acometidos pela Covid-19, o medicamento Paxlovid é destinado a pacientes com idade a partir dos 18 anos, sendo que, até os 64 anos, é restrito aos imunossuprimidos. A orientação foi repassada nesta quinta-feira (5), pelo chefe do Gabinete de Combate às Doenças Infecciosas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), infectologista Renee Oliveira, que atentou, ainda, para o fato de que os pacientes com 65 anos ou mais, com ou sem comorbidades, podem fazer uso do medicamento.
O Paxlovid, fabricado pela Pfizer, é um medicamento antiviral composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir, embalados e administrados juntos. Enviado pelo Ministério da Saúde (MS), ele passou a ser ofertado na Rede Pública de Saúde após liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A decisão de disponibilizá-los aos 102 municípios alagoanos ocorreu mediante avaliação do Grupo Técnico Científico (GTC), que se reúne semanalmente para avaliar o Panorama Epidemiológico da Covid-19 em Alagoas.
Segundo o chefe do Gabinete de Combate às Doenças Infecciosas da Sesau, infectologista Renee Oliveira, o medicamento Paxlovid deve ser utilizado durante a fase inicial da contaminação, em pacientes que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid-19 na forma grave. “A medicação preserva o organismo e impede a evolução da doença. Por isso, é importante que o Paxlovid seja administrado entre o primeiro e o quinto dia do aparecimento dos sintomas, pois a ação da medicação está condicionada à presença de uma carga viral alta”, orientou.
O infectologista reforçou, ainda, que as medidas de prevenção contra o novo coronavírus devem ser seguidas, como o uso da máscara, o distanciamento social e a higienização constante e correta das mãos. “Não há dúvidas de que a vacinação é imprescindível para evitar as formas graves da Covid-19. No entanto, mesmo vacinadas, as pessoas ainda podem se infectar e transmitir o vírus. Por isso, é necessário continuar tendo todos os cuidados, seja em ambientes abertos ou fechados”, recomendou o infectologista.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o Paxlovid representa um medicamento com eficácia comprovada para evitar que os pacientes com Covid-19 possam agravar. "É o primeiro fármaco distribuído pelo Ministério da Saúde com eficácia comprovada e que, além de evitar longas internações, principalmente nos leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], têm o objetivo de evitar óbitos pelo novo coronavírus", salientou o gestor da saúde estadual.
HGE
Para que o paciente tenha acesso ao tratamento com Paxlovid, ele deve buscar o serviço público de saúde do município de origem, como as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Durante o atendimento, o paciente passará por avaliação, onde o médico irá averiguar se ele atende ao perfil exigido pelo MS para fazer uso da medicação.
O supervisor médico do Hospital Geral do Estado, médico Rodrigo Antônio de Melo, afirmou que o medicamento já está disponível na unidade e será utilizado conforme orientação do MS. “Nossa unidade tem disponibilidade do antiviral que é utilizado com boas respostas em pacientes que estão propícios a desenvolverem a Covid-19 de forma mais grave. Conforme as orientações recomendadas, iremos prescrever para todos os pacientes que necessitem utilizar o medicamento”, ressaltou.