A Secretaria-Geral da Presidência da República dispensou 40 militares da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. A lista com o nome de todos os afastados está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (17/1).
Na publicação, não há justificativa para a dispensa, mas ela ocorre após a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, expor os danos no Alvorada encontrados pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desocupou o local.
Em entrevista à GloboNews, Janja fez um passeio pela residência oficial e apontou, para a jornalista Natuza Nery, vidros de janelas rachados, sofás e tapetes rasgados e sujos, tetos com infiltração, tábuas soltas e quebras no piso. Uma série de móveis e obras de arte precisarão ser restaurados, por danos ou exposição indevida ao sol.
“O que a gente percebe é que não teve cuidado, manutenção”, observou a primeira-dama.
“Eu e o presidente Lula resolvemos que a gente só vai mudar quando tiver um inventário completo do que tem aqui dentro, de como foi entregue para a gente”, afirmou Janja à época. Antes mesmo da mudança, a intenção é fazer algumas obras para restaurar o espaço na área residencial do Alvorada.
Lula visitou o local em 3/1 e, de acordo com Janja, ficou mexido e “um tanto decepcionado” com o estado de conservação do palácio presidencial. Em mandatos anteriores, o petista havia plantado um pé de mandacaru, mas a vegetação foi arrancada, o que decepcionou o presidente no retorno à residência oficial onde já viveu por oito anos, entre 2013 e 2010.
“Os móveis, os pés dos móveis que são de latão, não estão polidos. Os móveis não são os originais. A gente vai tentar recuperar isso. Ainda preciso fazer uma visita ao depósito — a Presidência da República tem um depósito de móveis — e ver o que foi para lá. Tem muitos objetos que foram transportados de um lado para o outro, do Planalto para cá, daqui para o Jaburu (residência oficial do vice-presidente). Então, a gente precisa localizar esses objetos”, afirmou Janja.
Fonte: Metrópoles