14/03/2023 às 09h46min - Atualizada em 14/03/2023 às 09h46min

Infectologista fala sobre nova vacina contra a dengue e defende campanha de imunização

Vacinação / © Reuters/Imago Imagens/Direitos reservados

Aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início do mês, uma nova vacina contra a dengue tem maior eficácia comprovada contra todos os sorotipos do vírus e combate cerca de 80% contra casos sintomáticos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. 

O infectologista Fernando Maia, do Hospital Escola Dr. Helvio Auto, explica que, em relação às vacinas anteriores, esta é mais segura e dá um nível de proteção maior contra o vírus da dengue e todos os seus tipos. 

“A outra protegia menos contra os outros sorotipos diferentes do um. Essa abrange melhor os quatro sorotipos circulantes. Por isso, ela tem essa grande vantagem”, explicou.

Sobre a necessidade da imunização, o médico afirma que é necessário se proteger contra a doença, pois ela pode evoluir a casos graves ou, até mesmo, à morte. 

Porém, ainda não há definição, por parte do Ministério da Saúde, sobre uma campanha da rede pública de saúde contra a dengue. 

“Ainda não há essa definição sobre se haverá campanhas de vacinação. Provavelmente, sim. Mas é necessário. Provavelmente, ela começará pelos grupos prioritários e seguirá para outras pessoas”, pontuou Maia.

 

A vacina

O imunizante Qdenga, produzido pela empresa Takeda Pharma, é indicado para população entre 4 e 60 anos. A aplicação é por via subcutânea em esquema de duas doses, em intervalo de três meses entre as aplicações.

Segundo a Anvisa, a nova vacina é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, o que garante uma ampla proteção contra ela. No ano passado, o Brasil registrou mais de mil mortes por complicações da dengue no país.

A vacina Qdenga também foi avaliada pela agência sanitária europeia (EMA), de quem também recebeu aprovação. A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas.

Casos de dengue

Em Maceió, até o fim de fevereiro, 44 casos de dengue foram confirmados. No mesmo período, em 2022, foram 257 casos, o que configura uma queda de 82%.

Ainda de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Maceió teve, neste ano, 98 diagnósticos positivos de chikungunya, representando um aumento de 276,92% em relação ao ano passado, quando foram 26 casos confirmados.

Até o dia 24 de fevereiro de 2023, a capital não confirmou nenhum caso de infectados pelo zika vírus. No mesmo período de 2022 foram confirmados 10 casos da doença.

Em 2022, Alagoas registrou mais de 33 mil casos prováveis de dengue, uma incidência de 982,6 por 100 mil habitantes. O levantamento é do Ministério da Saúde. Os dados alertam para a importância de um combate ativo contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.

As outras duas arboviroses também apresentam notificações preocupantes. A chikungunya registrou 10,5 mil casos prováveis e a zika 756 casos no estado nordestino. Na comparação com as demais regiões do país, Maceió ocupou o segundo lugar da lista com o maior número de casos de chikungunya no Brasil.


Fonte: Cada Minuto 


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