30/10/2023 às 20h17min - Atualizada em 30/10/2023 às 20h17min

Criador do Sertão Alagoano, é destaque na pecuária ovina nacional.

Foto: Cortesia

De uma família paterna de pecuaristas de grau e natureza, Matheus Quintela, ficou desempregado e apostou tudo que tinha na área, contudo, segundo ele, nunca se imaginou trabalhar nesse âmbito.


Oriundo da cidade de Olho d’Água das Flores, e do sítio “Caburé”, começou a labuta com 11 anos, numa fabriqueta de fardamentos de sua avó paterna, fazendo os designers das artes e as pinturas. Em paralelo a isso, seu foco maior era ser jogador profissional de futebol, onde relutou nisso até os meus 18 anos, chegando a base do Centro Esportivo Olhodaguense, (CEO), e, Agremiação Sportiva Arapiraquense (ASA de Arapiraca), até chegar a passar em peneiras para times como Vasco e Palmeiras. 


Aos 18 anos, na eleição de 2016, por necessidade, ingressou em outro ramo e liderou uma turma jovem que fez parte da campanha do Prefeito eleito naquele pleito, Nen de Humberto. Começou a trabalhar no meio publico, se tornando auxiliar administrativo a diretor geral de infraestrutura do município com 20 anos de idade. 


O jovem colocou seu nome à disposição do povo se candidatando ao cargo de vereador, visto como o candidato da juventude, além de bem quisto pela sociedade, mas, por muito pouco, não obteve o êxito.


Após as eleições, recebeu a proposta de gerir uma rede de postos de combustíveis na capital alagoana, Maceió, onde aprendeu muito sobre empreendedorismo. Nesse meio tempo, um tio de Matheus abria uma loja agropecuária, onde retornou para sua cidade para tomar de conta, ali começou a gostar da coisa, estudar.


Em um dado momento, Matheus decidiu comprar uma ovelha e criar ali, por esporte mesmo. Logo a empresa começa a passar 'perrengues', e ele teve que sair. 


Desempregado, o jovem se depara, ele, e uma ovelha parida. 


Ali, Matheus enxerga nela uma chance de sobrevivência. Começou comprando mais, e revendendo, negociando, até inevitavelmente, se aprofundar muito, buscando compreender sobre a parte genética. Entender de pedigrees, transmissões de características e famílias. Da história das raças. Da busca pelo biotipo ideal e que se adapte a cada realidade, necessariamente na sua. Entender, literalmente, a função do Dorper e do White Dorper. Como por exemplo: que o uso do reprodutor PO em rebanhos comerciais (mestiços) dá maciez, muita precocidade e uma melhor qualidade a carne. E ver nisto uma chance de produzir e servir um animal que poderia ser chance de melhorar sua vida. 


"Uma raça que, desculpe os apaixonados pelas outras, tem uma função de muita serventia e importância no mundo. Basta conhecer." Relata 


Com o passar dos meses, o jovem investiu todo o pouco capital que conseguiu guardar. Continuou pelejando, comprando e negociando mestiços, enquanto usava o lucro para montar o plantel de animais PO. Até que consegui chegar a um número de matrizes viável e bons reprodutores. 


No mesmo lugar, que por sinal, dificulta. É hostil. Tudo que estar muito bem ajustado para a conta fechar. No “quintal da Dona Lúcia” sua avó materna, animais 100% confinados. Mas, de médio, subindo pra bom, pra alto, até que a página no Instagram ficou conhecida nacionalmente. E com o nohal de toda vivência, dos cursos, lançou uma consultoria chegando ao número de 300 criadores acompanhando. 


Com muita sabedoria, o jovem conseguiu abrir mercado e enviar animais para todos os estados de nordeste e sudeste em 2021, 2022 e 2023, um feito histórico. 


"Fizemos vários campeões regionais nessa caminhada, pelo Nordeste. Animais muito destacados na nacional em 2022, campeão Nordestino em 2023. Com força de poder trazer até um atual campeão nacional para seu rebanho, o que é muito difícil, e principalmente, ter uma parceria afincada com os maiores criadores do país, o que faz com que a Agropecuária Dona Lúcia tenha tamanho destaque." Pontua Matheus Quintela


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