O Governo Federal reconheceu situação de emergência em Maceió, devido ao risco iminente de colapso da mina 18 da Braskem, mas ainda não enviou recursos. Segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, o Executivo Federal aguarda um plano de trabalho elaborado pela prefeitura de Maceió para definir quanto e quando os valores serão liberados.
De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Comunicação de Maceió, a lista de necessidades está em fase de finalização e a expectativa é que os recursos federais comecem a ser repassados já nos próximos dias.
O recurso deve ser usado para ajudar a Defesa Civil em reparos estruturais, além de ajudar a Prefeitura a atender as pessoas mais vulneráveis com a criação de abrigos e distribuição de alimentos.
Nas últimas 24h, o deslocamento vertical acumulado da mina 18 foi de 1,61m e a velocidade vertical, de 0,7cm por hora. A mina apresentou um movimento de 11,8cm nas últimas 24h.
Os tremores de terra e o risco de colapso que colocaram Maceió em estado de emergência têm ligação com a atividade de extração de sal-gema, utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC), a mais de 1 km de profundidade. A extração foi interrompida pela Braskem há cinco anos, o que não impediu que a movimentação do solo continuasse. Estudiosos dizem alertar sobre riscos na área pelo menos desde 2010.
Em nota, a Braskem informou que a situação vem se intensificando e que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis para a diminuição do impacto.
A empresa reforçou ainda que segue acompanhando e compartilhando os dados de monitoramento em tempo real com as autoridades competentes.
*com CNN Brasil