30/06/2021 às 14h06min - Atualizada em 30/06/2021 às 15h05min

Alagoas evita 2,8 mil mortes e tem 2ª menor taxa de óbitos por Covid do país, diz Ministério

Estado se consolida como um dos que melhor enfrenta a pandemia, com a ampliação da rede pública hospitalar e de assistência no último ano

- Luciana Buarque
agência alagoas
Hospital Metropolitano é um dos entregues no último ano e atende exclusivamente pacientes com Covid-19

Alagoas é o estado com a segunda menor taxa de mortalidade do país por Covid-19. Os dados são do Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis no Painel Coronavírus, do Ministério da Saúde. Com 159,4 óbitos por 100 mil habitantes, Alagoas se consolida como um dos estados que melhor enfrenta a pandemia. O número contrasta com a média nacional, consideravelmente mais alta: o Brasil tem 245,5 mortes por Covid-19 a cada grupo de 100 mil pessoas.

Se tivesse taxa semelhante à nacional, hoje Alagoas contabilizaria 8.228 mortes pelo novo coronavírus, muito mais que as 5.320 registradas até esta terça-feira (29), segundo atualização do Ministério da Saúde. A comparação revela que, pelo menos, 2.885 vidas foram poupadas no estado em comparação ao Brasil. O país tem 515.985 óbitos por Covid-19.

“Esse resultado de Alagoas é fruto de um esforço que vale a pena. Salvar cada vida vale; ainda mais se forem milhares de vidas salvas”, afirma o governador Renan Filho.

A mortalidade em Alagoas é também menor que a média da região Nordeste, de 185,8 óbitos por 100 mil. O estado fica atrás apenas do Maranhão, que tem a menor taxa do país, com 127,5/100 mil. Enquanto o Nordeste é a região com menos óbitos, no outro extremo se encontra a região Centro-Oeste, com taxa de 296,1 óbitos por 100 mil habitantes.

O pior estado é Rondônia, com alarmantes 345 mortes por grupo de cem mil pessoas, mais do que o dobro do registrado em Alagoas. Ou seja, com a taxa de Rondônia, Alagoas teria mais de 11.500 mortes por Covid a esta altura da pandemia.

O baixo número de mortes em Alagoas, em comparação aos demais estados e à média do país, é resultado direto das políticas locais de enfrentamento à pandemia. A ampliação da rede de assistência pelo Governo do Estado contou não apenas com a instalação de estruturas de atendimento provisórias, como as Centrais de Triagem e o Hospital de Campanha, mas com a entrega de quatro grandes hospitais permanentes só no último ano, que se somam às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) também construídas e mantidas pelo Governo.

Hoje, a rede pública conta com 400 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para Covid-19, um aumento de mais de 100% em comparação ao total de antes da pandemia, quando o Estado tinha apenas 186 leitos de UTI para todos os tipos de caso. A rede estadual tem, atualmente, 1.488 vagas para pacientes com coronavírus, entre leitos clínicos, intermediários e de Terapia Intensiva.


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