A dona de casa Ana Carolina dos Santos Silva foi condenada a um ano e seis meses de prisão em regime aberto por aplicar um golpe no cantor Daniel e em sua equipe. O caso aconteceu em 2015, quando uma terceira pessoa solicitou a contratação de um show particular do cantor, e, em uma manobra, conseguiu que a equipe do sertanejo lhe enviasse uma quantia de dinheiro.
A condenação foi veiculada pelo colunista Rogério Gentile, do Uol. O Terra encontrou um processo que se adequa à descrição dada pelo jornalista, mas com acesso limitado aos advogados dos envolvidos.
Segundo o colunista, o golpe ocorreu em novembro de 2015. Na ocasião, um homem identificado como Bruno Falcão Amorim buscou a equipe de Daniel para contratá-lo para um show em Rondonópolis, no estado do Mato Grosso.
O acordado era que o sertanejo recebesse R$ 230 mil pelo show, marcado para o dia 22 de dezembro daquele ano, para cerca de 1,5 mil pessoas. O pagamento seria feito em três parcelas: um depósito de R$ 70 mil, outro de R$ 45 mil e mais um de R$ 115 mil.
Como aconteceu o golpe
Porém, no dia 10 de novembro, o homem foi a uma agência bancária em Ribeirão Preto e simulou ter feito um depósito de R$ 98.980 por meio de um envelope lacrado na conta indicada pela equipe de Daniel. Na manhã seguinte, Bruno ligou várias vezes para o setor financeiro da equipe do cantor dizendo que havia cometido um engano e depositado um valor acima do combinado para essa primeira parcela. Ele insistiu, e um dos funcionários fez a devolução de R$ 28.980.
No entanto, nenhum pagamento havia sido feito, já que o envelope enviado estava vazio. Outra pessoa desconfiou do ocorrido e acionou o banco para bloquear a transferência, mas os golpistas haviam conseguido sacar o valor de R$ 1.050.
O homem identificado como Bruno não foi localizado pela polícia, mas a conta bancária utilizada no golpe estava em nome da dona de casa Ana Carolina, que foi denunciada pelo Ministério Público por estelionato.
O caso foi julgado na Justiça de São Paulo, e a decisão dada em 1º de abril. A mulher ainda pode recorrer.
Em sua defesa, Ana Carolina disse à Justiça que teria emprestado sua conta a uma pessoa que lhe havia procurado pelas redes sociais com a promessa de que poderia ficar com 10% dos valores movimentados.