11/04/2024 às 08h45min - Atualizada em 11/04/2024 às 08h45min

Pedro, do Flamengo, se defende em processo e acusa pedreiro de mentir

Metrópoles

coluna Fábia Oliveira descobriu que enquanto Pedro Guilherme, jogador do Flamengo, tem tido sorte nos campos, por outro lado ainda trava uma partida complicada na Justiça.

Para quem não lembra, o atacante e seus pais foram processados por um pedreiro em uma ação de responsabilidade civil, cumulada com indenização por danos materiais e morais e um pedido de tutela urgente. A questão é que poucos detalhes do caso vieram à tona até agora. Porém, esta colunista descobriu mais desdobramentos da acusação e, agora, da defesa do jogador e seus genitores.

O pedreiro alegou ter sido contratado para trabalhar em uma construção na casa de Pedro Guilherme e de seus pais e, em 2020, durante um serviço na laje do local, ele despencou de uma escada de quase quatro metros de altura. Com a queda, teve uma colisão de bacia e costas e chegou até mesmo a evacuar com tamanha dor.


 

No documento, o profissional contou que pediu socorro aos réus e rastejou até a porta do condomínio, até que desmaiou e acordou com a mãe de Pedro recomendando que ele fosse para o hospital mais próximo. Os demais, no entanto, sugeriram acionar o Corpo de Bombeiros.

A grande questão é que o autor afirmou para a Justiça que os réus não prestaram qualquer auxílio a ele, material ou imaterialmente. Ainda disse que os mesmos foram insensíveis diante de seus gritos de socorro e fingiram que não tinham nada a ver com o caso. Como consequência do episódio, alegou ter ficado a mercê do SUS, sem conseguir novo emprego. A situação, segundo ele, vem prejudicando a subsistência de sua família, que conta com dois filhos menores, sem falar das dores e limitações físicas que suporta até hoje.

O episódio e suas sequências são tão fortes e extensos que exigem um resumo. Mas o fato que realmente importa é o que foi pedido na ação. Como tutela de urgência, o pedreiro solicitou que os réus arquem com as despesas de suas sessões de fisioterapia e com uma pensão de R$ 3.960 até que ele se reestabeleça de saúde. Além disso, pediu R$ 420 por danos materiais e R$ 100 mil por danos morais. Somando tudo, a causa ficou em R$ 147.940.

O autor, no entanto, não teve muita sorte no primeiro tempo do jogo, já que a tutela foi negada pelo juiz, que entendeu que o caso deveria passar por toda a fase de produção das provas.

Defesa de Pedro Guilherme

Porém, como toda história tem dois lados, o jogador e seus pais logo apresentaram a sua versão dos fatos em uma contestação.

A primeira coisa que alegaram é que eles não contratam o pedreiro propriamente dito. Na verdade, teriam contratado uma empresa, a Ferroinox Estruturas Metálicas, e ela, na figura do amigo do autor, seria a responsável pela mão de obra do pedreiro.

Logo, eles afirmam que sequer deveriam figurar na causa, já que quem contratou o profissional foi a empresa. Por isso, pediram que a empresa fosse incluída no caso, figurando como ré.

Alegaram também que o caso já havia prescrito, já que o autor teria o direito de pedir a indenização até 25/06/2022, mas o fez depois deste marco temporal.

A grande questão é que o jogador e seus pais alegam que a ação é baseada em mentiras deslavadas que buscam levar o juiz ao erro. Eles afirmaram que teriam doado R$ 300 reais ao autor para comprar medicamentos.

Para sermos bem fiéis ao que consta na defesa, o jogador e seus pais afirmam que o pedreiro “mente descaradamente” para obter uma vantagem indevida. De forma geral, a principal sustentação feita por Pedro e seus pais é que a empresa que respondia pela contratação do pedreiro que deve lidar com toda essa situação, e não eles.

Para tornar o caso mais confuso, as provas apresentadas pelo pedreiro também foram questionadas. Isso porque elas foram produzidas bem depois do tal acidente, o que fez com que os réus questionassem se, de fato, as tais lesões guardam conexão com ele. Os réus ainda alegaram que o caso deveria ser julgado pela Justiça do Trabalho.

Em março deste ano, Pedro Guilherme e os pais pediram como provas o depoimento pessoal do autor e do proprietário da empresa que o teria contratado.

O autor chegou a retrucar todos os argumentos, renovando suas acusações e afirmando que ele busca apresentar a “verdade real” dos fatos. Ele afirmou não se tratar de demanda trabalhista e que a responsabilidade era dos réus, não havendo que se falar em empresa alguma nessa história.

Ele disse, também, nunca ter agido movido por ambição e que só entrou com a ação porque as lesões sofridas se agravaram com o tempo e não tem a quem socorrer, visto que tem enfrentado complicações junto ao SUS.

 

Desde então, o caso não ganhou novos movimentos, mas esse jogo está repleto de dribles, faltas e cartões, configurando uma partida que pode marcar a vida e o nome de Pedro Guilherme.

 


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