18/04/2024 às 11h32min - Atualizada em 18/04/2024 às 11h32min

Dengue: pacientes cardíacos precisam de atenção especializada

Infecção pelo vírus da dengue pode descompensar pacientes com problemas cardíacos. Indicação é acompanhamento com especialista

metropoles.

A dengue é uma doença de baixa letalidade, mas qualquer pessoa pode desenvolver um quadro grave da doença. Pacientes que possuem doenças cardíacas correm maior risco de complicações e, caso tenham um diagnóstico de dengue, devem manejar a infecção com auxílio médico.

A dengue, assim como outras doenças virais, pode trazer impactos para pulmões, cérebro e coração. De acordo com o cardiologista Fernando Assakawa, que trabalha no Hospital do Coração, em São Paulo, na atual epidemia, já foi possível observar um aumento no índice de internações devido a problemas como infarto agudo do miocárdio, miocardite e tromboembolismo.
“O coração é o órgão responsável por bombear o sangue para todo o corpo. Quando o vírus está dentro do organismo, ele pode causar vários danos e inflamação em diversos órgãos. Um deles é o coração, sendo a inflamação do músculo cardíaco uma das possíveis complicações da dengue”, aponta Assakawa.
O médico explica que, ao enfrentar um vírus como o da dengue, o corpo do paciente exige mais da função cardíaca, seja por conta da febre ou da desidratação. Pessoas que já têm problemas no coração podem apresentar uma maior dificuldade de adaptação neste cenário.

 

Anticoagulantes e antiagregantes

O cardiologista Rafael Côrtes, do Hospital Santa Lúcia, de Brasília, aconselha que, ao se deparar com um diagnóstico de dengue, o paciente cardíaco busque orientação com o especialista para o manejo da doença.

“Pacientes cardíacos devem ter sua evolução acompanhada por especialista, pois é necessário decidir sobre a continuidade dos remédios habituais e monitorar atentamente o funcionamento do coração, pulmões e rins”, explica Côrtes, que trabalha no Hospital Santa Lúcia, de Brasília.

Uma decisão que precisa de orientação médica diz respeito aos anticoagulantes e antiagregantes – remédios que são habituais em tratamentos cardíacos. Essas medicações inibem a coagulação sanguínea, o que é fundamental para evitar a formação de trombos nos pacientes, mas podem levar a complicações em caso de dengue, pois seus efeitos quando associados a plaquetas baixas, favorecem hemorragias.

Ao final do ciclo da dengue, os pacientes com problemas cardíacos devem realizar um check-up.

 


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