A era Cássio está mesmo chegando ao fim no Corinthians. Nesta quarta-feira, o goleiro teve uma conversa com o presidente do clube, Augusto Melo, e reforçou o desejo de sair. A diretoria alvinegra tentou convencê-lo a permanecer, mas o jogador se mostra irredutível.
Cássio tem proposta do Cruzeiro para um contrato de três anos e quer uma liberação imediata do Corinthians. A janela de transferências abre apenas em julho, mas o goleiro se vê sem clima para permanecer.
Diante desse cenário, o Corinthians agora discute as condições para a rescisão do contrato do jogador, que vai até dezembro. Uma nova reunião com os agentes do atleta deve acontecer nesta tarde.
Eventual despedida do goleiro e possíveis homenagens a ele ainda não entraram em pauta nas conversas.
A decisão de Cássio já estava tomada há alguns dias e foi comunicada à diretoria do clube na segunda-feira, em reunião com os empresários dele.
Augusto Melo, porém, pediu uma conversa diretamente com o goleiro, a fim de tentar convencê-lo a ficar. O Corinthians ofereceu prorrogar o vínculo do jogador até 2026, mas nem isso o seduziu.
Cássio reforçou que a intenção de sair não tem relação com aspectos financeiros ou contratuais.
Ele foi reserva nas últimas seis partidas do Corinthians, mas antes disso já vinha dando sinais de esgotamento.
– Se eu estiver atrapalhando o Corinthians, se não estiver agradando... Para mim está muito difícil também. Tudo de errado que acontece no Corinthians sobra para mim. O time leva gol e a culpa é do Cássio. Toma um gol de pênalti e a culpa é do Cássio – desabafou o goleiro, há três semanas.
Como líder do elenco, Cássio acaba sendo uma espécie de escudo para os demais atletas em momentos críticos - o que tem sido rotina nas últimas temporadas. Com a saída de outros líderes recentes, como Gil e Renato Augusto, ele passou a ser ainda mais exigido em 2024.
Atualmente com 36 anos, o goleiro pensa em jogar mais três ou quatro temporadas e acredita que o fim da relação com o Corinthians será o melhor para ele e para o clube. Na opinião de Cássio, a presença dele na reserva gera uma pressão extra sobre Carlos Miguel. Ele entende que "empurrar" tal situação até dezembro geraria ainda mais desgaste.